Com 51,7% dos votos, Mohammed Morsi é o novo Presidente do Egipto. No seu primeiro discurso perante a nação prometeu ser o "líder de todos os egípcios".
O cenário não é promissor. O Conselho Supremo das Forças Armadas continua a governar o país e dá mostras de não abandonar o poder tão cedo. O Parlamento egípcio foi dissolvido ainda este mês pelo Tribunal Constitucional do Egipto, uma vez que este considera que cerca de um terço da assembleia fora eleita ilegalmente. E a Constituição ainda não foi redigida.
Mohammed Morsi encontra um país totalmente dividido e perdido da revolução que depôs Mubarak em Fevereiro de 2011.
Morsi não terá trabalho fácil, mais ainda se quiser que a Irmandade Muçulmana mantenha posição relevante no parlamento egípcio nas próximas legislativas.
Dos candidatos à presidência do Egipto, entre alguém ligado ao antigo regime de Mubarak e outro candidato conotado com o fanatismo da Irmandade Muçulmana, veio o Diabo e escolheu o último. Esta eleição não é nada mais do que terreno fértil para levar ao poder fanáticos religiosos que marginalizam as mulheres e reavivam ódios étnico-geográficos antigos através da ignorância e da miséria. Nuvens negras pairam sobre a Praça Tahrir perante o evidente retrocesso do país, mas tenho a certeza que não faltará muito tempo para que se volte a clamar por uma nova "Primavera Árabe".
ResponderEliminarAgradeço o seu comentário!
ResponderEliminarUm bem haja!