O documento de 54 páginas traça um quadro preocupante da ameaça do islamismo radical no pais, apontando que as autoridades de segurança alemãs estimam que cerca de 1140 indivíduos a viver na Alemanha constituem um risco elevado de se tornarem terroristas.
A inquietação é justificada. Embora organizações
terroristas como a Al-Qaeda estejam a perder peso na Europa, o
islamismo radical tem vindo a crescer, ainda que não seja a olhos
vistos. Actualmente o radicalismo dá passinhos de lã, o novelo é
longo e emaranhado e desenrola-se sobretudo noutro espaço, o
virtual.
Muitos autores acreditam que a Europa passou a ser o
alvo principal dos terroristas islâmicos, mais de uma década depois
de o ódio de Bin Laden aos Estados Unidos ter sido corroborado por
muçulmanos de todo o mundo, inclusive moderados.
Enquanto nos Estados Unidos a comunidade islâmica
vem fazendo um trabalho estóico contra o extremismo, a Europa tem-se
tornado no terreno ideal para aliciar futuros terroristas e até
conseguir apoios para actos dessa natureza.
Os chamados “muçulmanos sociológicos”, que
cresceram na Europa, onde se sentem discriminados e sem perspectivas
de beber do “sonho europeu” (muito menos agora com a região em
profunda crise), acabam por se tornar num alvo fácil para as
mensagens do islamismo radical.
Ao indicar aos cidadãos 26 possíveis
características do processo de radicalização, como aulas
particulares de idiomas, preocupação com a vida após a morte,
mudanças na situação financeira e realização de longas viagens a
países com populações de maioria muçulmana, as autoridades estão
a discriminar ainda mais os muçulmanos no seu todo, o que configura
o cenário perfeito para os defensores do islamismo radical
conseguirem mais apoio.
Se olharmos para as 26 características às quais o
cidadão comum deve estar atento, provavelmente será difícil
encontrar um único muçulmano que não seja um potencial
terrorista.
Mas pior do que isso: este género de “citizen
intelligence” lembra práticas levadas a cabo em regimes
ditatoriais, como alguns métodos da PIDE em Portugal. Ora convém
referir que no mesmo documento as autoridades da Baixa Saxónia
realçam que o objectivo estratégico de longo prazo das organizações
islâmicas é destruir a democracia.
Para além do aumento das clivagens que isto poderá provocar na sociedade, levará também a um recurso maior à “taqiyya” (dissimulação) por parte dos islamistas radicais, apostando sobretudo em encontros em apartamentos privados e em disfarces com roupas e estilos de vida ocidentais boémios, o que causará maiores problemas aos espiões dos serviços de informações, cujo trabalho assenta num estudo exaustivo, na discrição e na cautela, cuidados que os cidadãos não vão ter.
Se é certo que a Intelligence tem sido uma das armas mais eficazes no combate ao islamismo radical – ainda que não seja necessariamente a melhor – e se até podemos concordar com algumas vantagens do envolvimento dos cidadãos no trabalho dos serviços secretos, esta medida torna-se demasiado perniciosa quando solicitada a uma população de uma região onde o Islão não é a religião dominante.
Ou se trata de uma decisão desesperada de quem já não sabe lidar com um fenómeno sem rosto, feito cada vez mais de “lobos solitários” e de “franshing” e não de organizações estruturadas, ou resulta de uma estratégia eleitoralista da conversadora CDU. Em todos os casos, é uma medida incalculada com resultados imprevisíveis.
os muçulmanos são todos criminosos, seja em que lei for, e se for pela do próprio islam, não têm salvação.
ResponderEliminarQuem estudar ao detalhe e pormenor o islam, descobre que tudo o que os maometas dizem e fazem são insultos, blasfémias, injurias, a maomé, ao islam e àquele allah.